Estudantes da rede pública visitam o Aeroporto de Maricá e aprendem na prática conceitos que estão vendo em sala de aula

O programa de visitas externas ainda ajuda a difundir a aviação e auxilia na segurança operacional ao tocar em temas como o risco de balões e linhas chilenas

Como o avião voa? Se abrir a porta a pessoa é sugada? Que linha branca é aquela que fica no céu atrás do avião? Essas já não são mais questões para os 30 alunos do 5º Ano que visitaram o Aeroporto de Maricá, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), na tarde desta terça-feira (8/10). Recebidos pela equipe operacional, os estudantes, de 9 a 11 anos, puderam ver como funciona o aeroporto, o esquema de segurança e até a brigada dos bombeiros que está sempre de prontidão.

A professora Emyli Castro levou a turma para ver os conceitos que explicou em sala na prática. Foto: Paulo Ávila

“Eles viram aqui propriedades da matéria, muitos conceitos, ouviram sobre pressão atmosférica, densidade, condensação. Claro que tudo isso poderia ser visto na escola, mas na prática, com a aplicação de tudo isso, eles nunca mais esquecem. Fixa o conteúdo muito mais”, avaliou a professora Emyli de Castro, da Escola Municipal Vilatur, da cidade vizinha Saquarema.

Frederico Ferreira recebeu os estudantes e respondeu perguntas deles. Foto: Paulo Ávila

Frederico Ferreira, coordenador do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), foi quem recebeu os estudantes e respondeu, juntamente com outros membros da equipe do aeroporto, como o auxiliar Carlo Mendes, aos questionamentos dos alunos.

Estudantes conheceram o Aeroporto de Maricá. Foto: Paulo Ávila

“Esse programa de visitas externas fomenta a aviação, ajuda a difundir o nosso trabalho, a segurança operacional e motiva as crianças a seguirem essa carreira da aviação. Acende uma centelha nos jovens, que são as pessoas que estarão trabalhando aqui no futuro”, explicou Frederico.

Ainda segundo o coordenador, a visita de escolas como essa, que nem sequer fica em Maricá, mostra como o trabalho está sendo reconhecido nas cidades do entorno:

“E isso é muito motivador, é um reconhecimento que nos impulsiona a fazer melhor”, afirmou.

Estudantes observaram de perto o movimento de helicópteros que atuam no transporte offshore. Foto: Paulo Ávila

Os estudantes passaram pela sala de embarque, pelo raio-x, conheceram a pista do aeroporto, o hangar com diversos modelos de aviões de pequeno porte e helicópteros e terminaram o passeio na brigada dos bombeiros, onde viram os equipamentos disponíveis no Aeroporto de Maricá para situações de emergência.

Além de ensinar sobre aviação e conceitos principalmente da física, o trabalho com as escolas também difunde informações importantes para a operação, como o perigo de soltar balões e do uso de linha chilena em pipas, objetos que podem causar danos a aeronaves e causar acidentes.

Em tempo, seguem as respostas:

Como o avião voa?

Tudo está no formato das asas. Quando o avião vai pra frente, como resposta à propulsão do motor, o vento vai passando pelas asas. É aí que o formato delas faz a mágica: o vento passa bem rápido por elas e, na parte de cima, a pressão fica muito pequena, como se fosse um vácuo. Com isso, a pressão atmosférica na parte de baixo das asas, muito maior, as empurra para cima, fazendo o avião subir!

Se a pessoa abrir a porta, ela é sugada?

Dependendo da altitude de voo, a pressão fora da aeronave é muito menor que a interna. Quando a porta é aberta, o ar sai com força pela passagem e pode empurrar uma pessoa. Então, de fato, a pessoa não é “sugada”, mas sim “empurrada” para fora pelo ar.

Que linha branca é aquela que fica no céu atrás do avião?

O jato que sai do motor é muito quente e tem a umidade do combustível. Em algumas situações, esse ar quente e úmido que sai do motor em contato com o ar atmosférico cria essa nebulosidade que fica como um rastro. É um fenômeno muito comum, e não é o “escapamento” do motor.

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