Equipes do Inova Agroecologia na Fazenda Pública da Codemar utilizam técnica que contribui para a preservação do meio ambiente
Em uma fazenda orgânica, o adubo verde é um elemento essencial para a saúde do solo e o sucesso das culturas produzidas ali, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a qualidade dos alimentos produzidos. A Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado, é um dos principais polos agrícolas de Maricá e utiliza a técnica através do projeto Inova Agroecologia – parceria da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A técnica é utilizada em todo horto do local, onde o projeto cultiva variedades de cana-de-açúcar, pitaya, banana, aipim, abobora, tomate, feijões, pimenta, entre outros produtos.
Além de deixar o solo mais fértil e saudável enriquecido de forma natural, ele aumenta a produtividade e contribui para a preservação do meio ambiente. É o que explica o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), engenheiro agrônomo e um dos responsáveis pelo projeto, Antônio Abboud.
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“O nitrogênio é um dos elementos que configura a fertilidade do solo e a adubação verde, através da simbiose entre plantas e bactérias fixadoras de nitrogênio, promove a nutrição e descompactação do solo, garantindo um desenvolvimento de cerca até 25% maior em relação a ausência desta técnica, acelerando o crescimento inicial das mudas principais”, explica.
O adubo verde pode ser plantado em diferentes épocas do ano, de acordo com a necessidade da cultura. Após o crescimento, as plantas são cortadas e incorporadas ao solo, onde se decompõem e liberam os nutrientes. Entre as vantagens da técnica, estão a proteção do solo contra a erosão, controle de plantas daninhas, melhoria da fertilidade, além de ser fundamental na produção de alimentos orgânicos, que são mais saudáveis e nutritivos. Rico em nutrientes e matéria orgânica, ele oferece diversas vantagens em relação aos adubos químicos, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a qualidade dos alimentos produzidos.
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Entre as vantagens da técnica, estão a proteção do solo contra a erosão, controle de plantas daninhas, melhoria da fertilidade, além de ser fundamental na produção de alimentos orgânicos, que são mais saudáveis e nutritivos.
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“A adubação verde é uma ferramenta fundamental para a agricultura sustentável. Além de ser uma pratica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas, preferencialmente as espécies que pertencem à família das leguminosas, gramíneas e que têm como objetivo principal enriquecer o solo”, conta a engenheira agrônoma Livea Bilheiro, que ainda explica que são três os tipos de adubação verde utilizadas no local, com as plantas gliricidia, guando e mucuna.
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Conheça as plantas que servem de adubo verde no Inova:
Gliricídia – Grande potencial como fornecedora de nitrogênio ao solo, podendo substituir total ou parcialmente o uso de fertilizantes nitrogenados. Vinda do México e América Central, essa planta possui elevada concentração de nitrogênio nas folhas e permite a fixação simbiótica desse nutriente ao solo por meio de bactérias existentes em suas raízes. No horto, ela atua cultivado em consórcio na plantação de pitaya. O consórcio de plantas é caracterizado pelo cultivo de duas ou mais culturas em uma mesma área e ao mesmo tempo.
Guandu – É uma planta extremamente interessante para os sistemas de produção, principalmente os que apresentam déficit hídrico em algum período do ano, além de melhorar a fertilidade do solo, contribui para a recuperação de solos degradados, controla o mato, fornece sombra provisória para outras culturas e promove a descompactação do solo.
Mucuna – Se desenvolve melhor durante a primavera e o verão, garante cobertura vegetal eficiente para contribuir com a conservação do solo e atua na recuperação de áreas degradadas e no combate à erosão do solo.