Prefeito de Maricá e presidente da Codemar acompanharam processo de lançamento de mais de 200 mil larvas do crustáceo no Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá
Por Marina Mello
A nova fase de testes da produção de camarões do Ciamar (Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá), começou nesta terça-feira (09/01), nos tanques instalados na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado. O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, e o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, acompanharam de perto a introdução de mais de 200 mil larvas de camarão no ambiente controlado.
O Ciamar é um projeto que conta com a parceria entre a Prefeitura de Maricá, por meio da Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá), e UFF (Universidade Federal Fluminense).
O prefeito Fabiano Horta relembrou que o projeto de criação de camarão é fundamental para a produção de alimentos em Maricá.
“Toda a cadeia produtiva desse importante alimento que estamos desenvolvendo na cidade está em andamento” disse Horta, referindo-se à instalação do parque fotovoltaico, que vai fazer parte do complexo, e à construção da fábrica de rações.
Segundo o prefeito, Maricá terá toda a cadeia produtiva estabelecida e gerada com sustentabilidade com essas ações.
Emprego e renda
Segundo o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, o objetivo dessa nova etapa é testar os processos de produção de camarão para que o resultado seja extremamente eficiente e contribua com o grande objetivo da companhia: gerar uma nova economia para a cidade.
“Estamos dando mais um passo à frente desse projeto, que busca alcançar uma grande produção de camarões e gerar emprego e renda não só aos pescadores, mas também às famílias e a população de uma maneira geral”, disse Lacerda.
Tecnologia e inovação
O grande diferencial da produção do Ciamar é que o cultivo é feito de forma intensiva e com alta tecnologia. Com isso, a densidade do camarão pode ser muito maior do que a criação tradicional.
O procedimento feito por meio da escavação no solo costuma produzir cerca de 50 camarões por metro cúbico. Com a técnica do Ciamar, que usa os bioinsumos, micro-organismos que fazem o tratamento da água, o resultado pode chegar até 800 camarões por metro cúbico.
Outra vantagem é que esse tipo de criação pode ser realizado em áreas menores. Ao todo, são 10 tanques de cultivo, com 450 mil litros, quatro espaços berçários e a fábrica de ração, que está sendo finalizada.
“Esse é um projeto importantíssimo para o município porque ele atende uma encomenda do prefeito, que é a diversificação da base econômica de Maricá. A cidade precisa ter alternativas para ser autônoma em relação aos recursos dos royalties”, analisa o coordenador do Programa Lagoa Viva, Eduardo Britto.
Processo de produção e Fábrica de Rações
As larvas de camarão vieram de um laboratório de reprodução do alimento em Beberibe, no Ceará, local onde é concentrada a produção de camarões no Brasil. Elas foram embaladas em sacos plásticos com oxigênio e outros parâmetros controlados.
No complexo também está sendo realizada a obra da Fábrica de Rações, que deve ser entregue até maio. O presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, explicou que o local vai servir não apenas para o processo de alimentação dos camarões e de tilápias, mas também para disponibilizar o máximo de produção orgânica aos produtores da cidade, além de gerar emprego e agregar valor no mercado.
“Estamos pensando no futuro da cidade, mas não estamos abrindo mão do presente. As lagoas, a pesca, o camarão, a agricultura familiar: tudo isso está no nosso rol de objetivo e metas para poder construir uma situação econômica cada vez melhor, gerando empregos e trazendo riqueza para a nossa cidade”, finalizou Lacerda.