Nova tecnologia foi implementada na Rádio Maricá para aumentar a segurança das navegações aéreas
O Aeroporto de Maricá está investindo em inovação ao modernizar sua Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo, conhecida como Rádio Maricá. Uma das principais melhorias é a substituição das observações meteorológicas feitas a olho nu, por câmeras de alta resolução, tornando o aeroporto pioneiro nessa tecnologia no Brasil e no mundo.
Atualmente, mais de 550 aeroportos no país não contam com esse tipo de Serviço de Tráfego Aéreo (ATS). No Aeroporto de Maricá, essa atividade é conduzida pela Prestadora de Serviços Especializados AMD Services.
Com a modernização, será possível expandir os serviços de informação de voo para os aeroportos no âmbito civil externo do Comando da Aeronáutica (COMAER), que atualmente não dispõem desse suporte.
“A implementação do Serviço Remoto de Informação de Voo de Aeródromo (R-AFIS) no Aeroporto de Maricá representa um passo significativo nessa direção, utilizando tecnologias nacionais e promovendo a inovação no setor aeronáutico brasileiro”, explicou Isaac Nascimento, superintendente de Operações da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), que administra o aeroporto.
Mais oportunidades para profissionais do setor
A adoção do serviço faz parte de um projeto amplo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). O órgão está conduzindo uma Prova de Conceito (POC) em parceria com empresas privadas, buscando expandir os Serviços de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS) para mais aeroportos civis que hoje não dispõem dessa infraestrutura.
Com essa expansão, os Operadores de Estação Aeronáutica (OEA) continuarão sendo fundamentais, e a demanda por esses profissionais deve crescer. O sistema remoto está criando um novo cenário de oportunidades para operadores aeronáuticos no Brasil. A expectativa é que esse processo ajude a suprir a carência de profissionais especializados e promova um aumento significativo no número.
“A utilização dessas novas tecnologias vai impulsionar o mercado de trabalho para OEAs no Brasil, criando oportunidades e promovendo a formação e a inclusão de mais profissionais no setor, garantindo mais segurança e eficiência nas operações aeroportuárias”, concluiu Isaac.