Gestão é baseada nos três pilares: sociedade, insumo e externalidade. O local integra o ranking de Aeroportos Sustentáveis da ANAC
Nos últimos anos, o Aeroporto de Maricá vem avançando na consolidação de sua política ambiental baseada em três pilares da sustentabilidade: sociedade, insumo e externalidade. Desde 2022, o local integra o ranking nacional da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) como um dos aeroportos sustentáveis do país, e segue ampliando iniciativas que envolvem gestão de resíduos, reuso de água, melhorias na infraestrutura de descarte para população e conscientização ambiental.
Ano passado, a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), administradora do aeroporto, foi classificada como a quarta mais sustentável em todo o Brasil. Foi um avanço de duas posições em relação ao ano anterior. O resultado da edição deste ano, que é referente ao ano de 2024, sai em julho.

“O caminho para um aeroporto sustentável é trabalhar para que os tripés estejam conectados: o uso racional de recursos, o impacto positivo na comunidade do entorno e a adoção de práticas que respeitem o meio ambiente. Esse é o nosso objetivo”, disse o superintendente de Sustentabilidade Aeroportuária e de Segurança do Trabalho, Eduardo Imbrósio.
Uma das ações mais recentes foi a instalação de 16 novas lixeiras em pontos estratégicos do Aeroporto de Maricá, como a entrada do Terminal de Passageiros, a nova sede da Codemar e o estacionamento do aeroporto (AutoPark).

A gestão de resíduos sólidos é feita da seguinte maneira: recicláveis, não recicláveis, orgânico. Os resíduos são coletados – semanalmente – pela cooperativa Soluções, responsável pela triagem e destinação adequada do material reciclável.
O aeroporto também conta com um ponto fixo para descarte de pilhas e baterias, além de manter uma unidade coletora de lixo eletrônico. As iniciativas integram o eixo sociedade e reforçam o compromisso com a educação ambiental dos usuários e a destinação correta dos resíduos.
Sistema de captação e reuso de água da chuva
No eixo de insumo, que trata da gestão eficiente dos recursos utilizados no aeroporto, Maricá tem investido em soluções para captação e reuso da água da chuva. Dois dos quatro hangares já contam com sistema de armazenamento, assim como o Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) com cisternas que acumulam até 40 mil metros cúbicos de água.

Os novos hangares, em fase de construção, já foram projetados com infraestrutura para canalização e reaproveitamento da água. A água é reutilizada na limpeza do chão dos hangares e na lavagem das aeronaves — esta última realizada em uma área equipada com sistema de separação de água e óleo, que evita o descarte de resíduos contaminantes no meio ambiente.
Pontos de descartes para a população
Como parte do eixo de externalidade, o Aeroporto de Maricá desenvolve ações que ampliam seu impacto positivo para além das atividades operacionais. Um dos destaques é a manutenção das cicleias, ou seja, pontos de entrega voluntária de recicláveis para a população, disponíveis na entrada do aeroporto.
O espaço está sendo reformulado e deve receber melhorias como instalação de cobertura, barreiras de contenção e reforço na segurança, com o objetivo de oferecer mais conforto aos usuários e evitar interferências na operação aeroportuária, como a atração de fauna. Todo o material recolhido será 100% reciclável e terá retirada periódica feita pela cooperativa Soluções.
Além disso, a equipe da Superintendência de Sustentabilidade Aeroportuária e de Segurança do Trabalho planeja estreitar o diálogo com associações de moradores e comerciantes de Araçatiba, promovendo ações de educação ambiental e incentivando a coleta seletiva e o descarte correto de óleo de cozinha, especialmente entre os food trucks que atuam no entorno.