Aeroporto de Maricá avança em tecnologia pioneira no monitoramento remoto da Meteorologia Aeronáutica em aeródromos

Prova de Conceito (POC), exigida pelo Decea para validar a eficácia do serviço, começa na segunda-feira (17/03)

O Aeroporto de Maricá dá um importante passo rumo à inovação na aviação civil brasileira com a implementação do Serviço de Informação de Voo de Aeródromo Remoto, o R-AFIS, na Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) – conhecida como Rádio Maricá. Iniciado em 2023, o projeto entra agora em uma nova fase: a partir de segunda-feira (17/03), terá início a Prova de Conceito (POC) do sistema remoto.

Inicialmente, as operações remotas serão realizadas em dias úteis. A POC consiste em um teste para validar a eficácia dessa nova tecnologia, que será avaliada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). O Aeroporto de Maricá é administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), e o serviço R-AFIS é conduzido pela prestadora de serviços especializada AMD Service, tanto localmente quanto de forma remota.

Durante o período de teste, as operações do Aeroporto de Maricá serão gerenciadas a partir da Central R-AFIS da AMD Services, em Juiz de Fora (MG). Para viabilizar o funcionamento do serviço remoto, diversos equipamentos e sistemas foram instalados no Aeroporto de Maricá, incluindo sistemas de comunicação — que permitem o contato à distância com as aeronaves em sobrevoo, pouso e decolagem — e um sistema de câmeras de alta definição, com a particularidade de serem produtos exclusivamente nacionais.

Foto: Deborah Duarte

“Essa tecnologia representa a primeira operação remota do mundo que utiliza câmeras para observações meteorológicas à distância, consolidando Maricá como pioneira em uma evolução tecnológica que pode ser expandida para mais de 580 aeroportos públicos brasileiros, fora do âmbito do Comando da Aeronáutica, atualmente desprovidos do Serviço de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS). Se aprovado pelo Decea, o R-AFIS poderá melhorar a segurança operacional e a eficiência da Navegação Aérea nesses aeródromos civis, tornando-se referência nacional e global. Agora, finalmente, entramos na fase de Prova de Conceito”, explica o superintendente de Operações da Codemar, Isaac Nascimento.

Geração de empregos

Com a eventual aprovação do sistema pelo Decea, Maricá se tornará a primeira cidade do mundo a operar o Serviço Remoto de Informação de Voo de Aeródromo utilizando um Sistema de Câmeras para os Serviços de Meteorologia Aeronáutica — um marco na aviação global.

A partir da aprovação, o serviço remoto poderá ser estendido a outros aeroportos civis que não disponham de Serviço de Tráfego Aéreo (ATS). Essa expansão deve criar novas oportunidades de trabalho para Operadores de Estação Aeronáutica (OEA).

“A perspectiva da empresa responsável pelo sistema é que pelo menos 10% desses aeroportos adotem essa tecnologia, tornando viável a implementação dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) pelas respectivas prefeituras. Dessa forma, surgirão mais empregos no setor”, destaca o Diretor Técnico Operacional da AMD Services, Luiz Fernando Rosa.

Capacitação para detecção de trovoadas

Colaboradores participaram de capacitação para detecção de trovoadas – Foto: Deborah Duarte

Em fevereiro, como parte complementar da POC, profissionais envolvidos diretamente na segurança do Aeroporto de Maricá participaram do Curso de Conscientização e Aprendizagem de Detecção de Trovoada.

O treinamento, promovido pela AMD Services, foi elaborado e aprovado por Antonio Vicente Pereira Neto — especialista em Meteorologia Aeronáutica, mestre em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e doutorando em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — e por Vitor Ernani Lima, técnico e especialista em Meteorologia Aeronáutica.

Foto: Deborah Duarte

O objetivo do curso foi capacitar a equipe a reconhecer e reportar de forma precisa fenômenos meteorológicos adversos, reforçando a segurança nas operações aéreas.

“Sabemos que as nuvens são um dos principais obstáculos à visibilidade dos pilotos. Entre elas, as que produzem trovoadas são as mais perigosas, por oferecerem riscos significativos à segurança de voo. Por isso, é fundamental que as equipes de solo saibam identificá-las corretamente, contribuindo diretamente para a segurança operacional, inclusive no apoio à operação remota”, conclui o superintendente de Operações da Codemar, Isaac Nascimento.

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