Programas como Maricá Edutech, Escola de Startups e Parque Tecnológico foram explicados para a população
A participação da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) no último dia da Feira das Profissões de Maricá, neste domingo (29/10), foi marcada pela ideia de que através da educação de ponta é possível fortalecer tanto a criação quanto a ocupação de vagas de trabalho de maior qualidade na cidade. Foram levadas ao público iniciativas como a Escola de Startups, Maricá Edutech e o Parque Tecnológico de Maricá, um conjunto que, juntamente com outras políticas públicas, é capaz de revolucionar a economia local.
“Pensa nas Olimpíadas. Os países com mais medalhas são os mesmos de sempre. A diferença está na genética, no porte físico, na aptidão? Não. Está nas condições, nas oportunidades que aqueles jovens talentosos encontram para se desenvolver”, explicou Pedro Mota di Filippo, diretor de Indústria e Energia da Codemar.
“Levando isso para a tecnologia, talentos a gente tem. O que estamos criando com o Parque Tecnológico, com essas escolas, até com o Vermelhinho tarifa zero, são as condições para que esses talentos possam se desenvolver”, acrescentou.
O diretor falou no painel “Tecnologia e criação de novas empresas”, que esmiuçou o papel do Parque Tecnológico, que já tem o seu primeiro Galpão em funcionamento, no bairro de Inoã.
Ainda segundo Pedro Mota, a inovação, mesmo em países como Estados Unidos e Japão, conta com investimentos públicos que permitiram o desenvolvimento de grandes empresas como Apple e Toyota.
Sobrevivência
Junto com Pedro Mota no painel, Alexandre Costa, coordenador de Empreendedorismo e Inovação do Parque Tecnológico, explicou a seleção de projetos para a incubação e a missão dessa incubadora:
“Selecionamos ideias que eram claras como negócio e na relação com o mercado e que podem causar um impacto positivo em Maricá. A incubação é para que essas ideias não morram, para que tenham condições de nascer e ajudar a cidade”, afirmou Alexandre.
Qualificação
O primeiro painel do dia, “Educação para transformação: programa Maricá Edutech e Escola de Startups”, explicou essas duas frentes de qualificação profissional. A primeira, focada na capacitação para a área de T.I. (tecnologia da informação); a segunda, com foco maior em empreendedorismo.
“Capacitar as pessoas para o mercado é fundamental. Só quem tem informação e capacitação é que tem chance. Na Escola de Startups tem também toda uma rede de contatos que o aluno pode construir e que pode ser o diferencial para o sucesso do seu negócio”, avaliou Martius Vicente, diretor da Faculdade de Administração da UFF, parceira da Codemar na iniciativa.
Transformar Maricá num celeiro de bons profissionais de T.I., aptos a ocupar as vagas que serão geradas pela demanda tanto da Escola de Startups quanto do Parque Tecnológico, é a meta do Maricá Edutech.
“A meta é formar bons profissionais para atender essa demanda, que já é grande no mercado. Principalmente para ocupar as vagas que estão sendo criadas em Maricá”, disse Pedro Paulo, da empresa Adaptideas, que trabalha com a Codemar.
Maricá do futuro
O superintendente de Inovação da Codemar resumiu a missão de todo esse aparato de educação tecnológica na cidade:
“Tudo que está sendo feito é para criar em Maricá uma economia melhor para a cidade no futuro, com mais e melhores empregos. Por que o foco na tecnologia? Porque ela agrega valor, gera mais divisas. Essas escolas são para que o maricaense seja contratado, para que as empresas do Parque Tecnológico não tenham que contratar no Rio ou em São Paulo”, avaliou Danilo Pitarello.
Parentalidade
Presente no painel, Luciana Pinheiro, representante da Secretaria municipal de Trabalho, falou sobre os desafios da educação parental, uma nova função em ascensão que ajuda a formar pessoas responsáveis pelo cuidado com outras, de babás a pais e avós.
O secretário da pasta, Marcus Bambam, anunciou a criação de novos programas com foco na profissionalização da população maricaense:
“Vamos ter um programa chamado Maricá Vocacional para ajudar na orientação dos jovens que muitas vezes chegam à faculdade sem a certeza do caminho a seguir e acabam desperdiçando dinheiro público abandonando os cursos. Também teremos um com foco em pessoas com deficiência, para melhorar a empregabilidade delas”, afirmou Bambam.
Economia Solidária
A chamada ecosol voltou à Feira das Profissões no domingo. A secretária municipal da área, Andrea Cunha, apresentou o último painel da noite, “Economia solidária e modelos alternativos de desenvolvimento”, entregando à plateia dados sobre o mercado de trabalho. Segundo ela, é preciso um modelo diferente do capitalismo atual “que concentra o lucro em algumas pessoas e precariza o trabalho e reduz a renda das pessoas”.
Depois do painel, Joaquim de Melo, autor do livro “As moedas sociais do Brasil”, falou sobre a sua obra e da importância das moedas sociais para a ecosol e como alternativa ao sistema financeiro tradicional, que não se compromete com um projeto social responsável.