Desafio de programação e gestão, hackathon marca a formatura da segunda turma do Maricá Edutech

Alunos passaram dez semanas no programa de qualificação profissional em tecnologia e metodologias ágeis antes da imersão no Galpão Tecnológico de Inoã

A segunda turma do Maricá Edutech passou por uma prova de fogo neste sábado (8), quando 86 alunos receberam o certificado de conclusão de curso. A última etapa e avaliação final ficou por conta de uma maratona de programação na qual os alunos precisaram identificar um problema e propor uma solução inovadora para ele. O Maricá Edutech é um programa de qualificação profissional em tecnologia, programação e metodologias ágeis de gestão de projetos oferecido gratuitamente pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).

Grupos foram desafiados a criar solução viável para um problema real. Foto: Paulo Ávila

“O programa busca capacitar os cidadãos maricaenses a entender quais são os papéis na carreira de tecnologia”, explicou Danilo Pitarello, superintendente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Codemar.

Na maratona, chamada de Hackathon, os alunos foram divididos em oito grupos e passaram o dia imersos na identificação e solução dos problemas, apontando ao final o funcionamento de um aplicativo que cumpra a tarefa de deixar a vida do usuário mais simples. Pausa? Somente para o almoço, servido no mesmo local onde os grupos trabalharam, o Galpão Tecnológico, em Inoã.

Alunos do Maricá Edutech usaram ferramentas de gestão, planejamento e programação. Foto: Paulo Ávila

Já passava das 18h quando o último grupo apresentou a sua solução. O problema foi escolhido a partir de dados concretos: reclamações de maricaenses no site Reclame Aqui, que apontaram a falta de energia elétrica e a demora nos reparos como um desafio a ser superado.

“Nesses dois meses e meio de aulas, eles aprenderam diversas ferramentas que foram todas aplicadas neste Hackathon: viram como identificar um problema, pensaram coletivamente soluções e aplicaram o conhecimento no projeto de um aplicativo ou um chatbot”, disse Pedro Paulo Oliveira, professor e diretor da Adapt Ideas, que ministra o curso.

Fabrícia Nicomedes conciliou o curso das últimas semanas com a faculdade de matemática. Foto: Paulo Ávila

Para Fabrícia Nicomedes, de 28 anos, estudante de Ciências da Matemática e da Terra da UFRJ e moradora do Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu, o curso é muito mais que aprender desenvolvimento de aplicativos:

“Acredito que a tecnologia não é o futuro, como dizem, é o agora. Esse curso é um conhecimento que a gente precisa para os dias atuais. E a qualidade é muito boa: a gente tem todo o suporte para aprender de forma remota. Eu venho da faculdade, no Rio, e consegui estar aqui nesta formatura. A gente aprende não só para a área acadêmica, profissional, mas para a vida!”, finalizou a jovem.

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