Lagoa Viva se expande para Jacaroá e colhe indicadores positivos

Aplicação de bioinsumos começou há três meses, em quatro pontos estratégicos da região

O programa Lagoa Viva, de revitalização do sistema lagunar de Maricá, já mostra resultados na área da Lagoa de Jacaroá. O mau cheiro dos canais sumiu, indicando que os micro-organismos utilizados no processo estão fazendo o seu trabalho, nestes três meses de aplicação na região. Quatro canais que deságuam na lagoa estão recebendo centenas de litros de bioinsumos diariamente para o combate à poluição.

Pesquisadores do Lagoa Viva acompanham a aplicação de bioinsumos em Jacaroá. Foto: Paulo Ávila

O Lagoa Viva é uma ação da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e busca remediar os impactos negativos no sistema lagunar da cidade. Isso é feito naturalmente, sem uso de qualquer substância que possa agredir a flora ou a fauna: os pesquisadores identificaram micro-organismos que já são presentes na lagoa e que “consomem” a matéria orgânica. Em laboratório, esses organismos são multiplicados bilhões de vezes e lançados de volta no espelho d’água num líquido chamado de bioinsumo.

“Aqui neste canal da Rua Dois, o cheiro era insuportável. Rapidamente o odor sumiu. Este é o primeiro indicativo de que está funcionando”, disse Leonardo Lopes, coordenador da Biofábrica do Lagoa Viva, onde é preparado o bioinsumo.

Caminhão do Lagoa Viva percorre pontos de Jacaroá para lançamento de bioinsumos. Foto: Paulo Ávila

Segundo Lopes, quatro pontos do sistema da Lagoa de Jacaroá passaram a receber 200 litros de bioinsumos diariamente. Além do cheiro, os pesquisadores prestam atenção em outros indicadores, como a cor da água e outros que dependem de análise em laboratório.

Pontos de contato

A água mais limpa na lagoa, no entanto, começa longe dela, às vezes a centenas de metros. É que os pontos de aplicação de bioinsumos ficam em canais que deságuam na lagoa.

Bioinsumo sendo aplicado em trecho poluído de canal em Jacaroá. Foto: Paulo Ávila

“Esses pontos foram escolhidos devido à alta carga orgânica que é lançada sobre eles. A gente tentou lançar nos locais mais acima possível desses canais para contemplar uma faixa grande de biorremediação”, explicou Alexander Ventura, coordenador de laboratórios do Biocentro, o complexo de laboratórios responsável pela análise da água e sedimentos coletados pelo Lagoa Viva.

Um grande canal, que está recebendo tratamento com bioinsumos, deságua na Lagoa de Jacaroá. Foto: Paulo Ávila

Os pontos ficam no Saco das Flores, Recanto da Amizade e Jacaroá. Os pesquisadores esperam que, com a remediação, a Lagoa de Jacaroá fique balneável no futuro. Na Lagoa de Araçatiba, o Lagoa Viva reduziu os níveis de poluição e aumentou a quantidade de espécies vivendo no ambiente.

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