Mais peixes, mais vida e águas mais limpas: Lagoa Viva fecha mais um ano de resultados positivos

Trabalho de revitalização em Araçatiba é uma parceria entre Codemar e UFF

O conjunto de lagoas de Maricá continua renascendo. O processo para reverter décadas de abandono não para, fechando 2023 com resultados positivos. O número de espécies na Lagoa de Araçatiba subiu, saindo de apenas quatro que conseguiam viver no local para um total de 14.

Pescadores afirmam que quantidade de peixes vem aumentando desde que o Lagoa Viva começou. Foto: Leonardo Fonseca

Não à toa, uma pesquisa feita com a população de Maricá mostrou que o povo está atento às mudanças, conferindo a nova realidade com os próprios olhos: 72% dos entrevistados pesquisa aprovam a qualidade das águas (43% acham ótima ou boa, e 29%, regular).

Pescadores afirmam que quantidade de peixes vem aumentando desde que o Lagoa Viva começou. Foto: Leonardo Fonseca

Além disso, 57% dizem que as águas estão melhores do que há dois anos. O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI).

O Lagoa Viva é um projeto da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) que está trabalhando pela revitalização dos corpos d’água da cidade.

O Programa Lagoa Viva usa bioinsumos para revitalizar a lagoa. Foto: Leonardo Fonseca

Diariamente, são despejados milhares de litros de bioinsumos nas orlas da lagoa e canais. Esses bioinsumos são micro-organismos que ajudam a degradar a poluição. Um trabalho que é desenvolvido em paralelo com outra importante ação em andamento na cidade: a construção de redes de esgoto.

O Programa Lagoa Viva usa bioinsumos para revitalizar a lagoa. Foto: Leonardo Fonseca

Resultados

Outros dados coletados até agora reforçam os resultados positivos do Lagoa Viva. Entre eles, está o chamado oxigênio dissolvido, um importante fator para a vida sobre as águas. As mais recentes coletas mostram que o índice está acima do limite estabelecido pela legislação ambiental.

monitoramento da fauna encontrada no corpo d’água. Foto: Leonardo Fonseca

O Índice da Qualidade da Água (IQA) também evidencia melhora gradual das condições da água. A maioria dos pontos é enquadrada como boa.

Algumas das espécies que reapareceram só vivem em ambientes saudáveis, como uma microalga encontrada que é um indicador de boa oxigenação da água. Essas espécies são como um termômetro de como anda a saúde da lagoa. Neste caso, mostra que está melhorando muito.

Peixes

Também há aumento na abundância de organismos que vivem associados ao fundo da lagoa. O bioinsumo ajuda a degradar poluentes que estão no lodo no fundo da lagoa. É justamente lá que vivem muitas das espécies que reapareceram, como caracóis e outros seres minúsculos.

monitoramento da fauna encontrada no corpo d’água. Foto: Leonardo Fonseca

Esses animais são a base da cadeia alimentar. Ou seja, são os alimentos dos peixes. Com o retorno deles, há mais alimento disponível.

“Navegando, a gente consegue ver que teve uma mudança para melhor. A água tem ficado mais clara e o peixe está mais abundante. Tiro meu sustento daqui”, contou o pescador José Iago Vita, ainda na metade de 2023, na Lagoa do Boqueirão.

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