Pista do Aeroporto de Maricá vai ganhar cobertura asfáltica com grafeno

Material aumenta a durabilidade da pista, que precisará de menos reparos após o tratamento

Material de alta tecnologia, o grafeno será utilizado na pista do Aeroporto de Maricá, operado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). A pista do local, com 1.190 metros de comprimento, está recebendo obras que vão aumentar a sua resistência e durabilidade.

Obra na pista do Aeroporto de Maricá. Foto: Leonardo Fonseca

“O grafeno será adicionado na última camada de asfalto a ser colocada na pista. Usado como aditivo, ele vai reforçar a nossa pista. A nova cobertura é muito mais resistente a intempéries e forças, como a dos aviões e helicópteros pousando. Isso leva a menor necessidade de reparos, conferindo mais confiabilidade ao Aeroporto de Maricá”, garante Frederico Ferreira, coordenador do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional.

Ampliação

O Aeroporto de Maricá está passando por mais uma ampliação. Por conta da obra na pista, o programa Voa Maricá – que faz a ligação diária da cidade com o estado de São Paulo utilizando aeronaves da companhia Azul Conecta – foi pausado até o início do segundo semestre. Os voos offshore, para as plataformas de petróleo, operados por helicópteros, seguem acontecendo normalmente.

Obra na pista do Aeroporto de Maricá. Foto: Leonardo Fonseca

A intervenção na pista, no entanto, não é a única. Uma nova área para helicópteros, o Pátio 4, está em construção, bem como mais quatro hangares para abrigo e manutenção de aeronaves com foco no mercado offshore, além de pistas para taxiamento de aeronaves.

Ampliação do Aeroporto de Maricá. Foto: Leonardo Fonseca

Conheça o material

O grafeno foi descoberto pelos pesquisadores Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, em 2004. O trabalho deu aos pesquisadores o prêmio Nobel de Física no ano de 2010. Utilizando o grafite como matéria-prima e fita adesiva, os pesquisadores obtiveram êxito em isolar uma única camada plana de átomos de carbono, com formato hexagonal. Ou seja: o grafeno possui espessura de um átomo.

O que será utilizado na pista do Aeroporto de Maricá é o seu derivado, óxido de grafeno. Este possui entre 3 a 20 vezes a espessura de um átomo, com custo de produção inferior ao do grafeno. Destacam-se as seguintes características do grafeno:

  • Resistência – o grafeno é mais resistente do que o diamante;
  • Peso – 1m² pesa menos que um grama;
  • Flexibilidade – é mais flexível que a fibra de carbono;
  • À prova d’água – repele a água, evitando corrosão do material.

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