Expectativa é que programas sirvam de inspiração para o Sul do Brasil
A Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) recebeu, nesta quarta-feira (17/01), a visita técnica da ex-ministra, ex-senadora e ex-deputada federal por Santa Catarina Ideli Salvatti. Hamilton Lacerda, presidente da companhia, apresentou projetos consagrados da experiência local. A expectativa é que possam ser replicados ou que sirvam de inspiração para o estado do Sul do Brasil. Ideli também conheceu órgãos da Prefeitura de Maricá e políticas sociais como a Tarifa Zero e a moeda social Mumbuca.
Segundo Ideli, o papel da Codemar é importantíssimo, com foco em descobrir e desenvolver as potencialidades da cidade.
“Fora daqui a gente ouve: ‘Em Maricá é fácil porque tem dinheiro’. Mas quantas outras cidades também não têm dinheiro e mesmo assim não fazem? O que fica claro é que importa muito a empatia, o olhar de quem comanda. Não é só o dinheiro”, finalizou.
Futuro
Hamilton Lacerda explicou a missão da Codemar e os projetos em desenvolvimento.
“A companhia foi criada, entre os governos dos prefeitos Washington Quaquá e Fabiano Horta, para construir o futuro da cidade sem os royalties do petróleo. Então é para usar a riqueza que temos a fim de construir uma cadeia produtiva que gere renda para a cidade pós-petróleo”, afirmou Lacerda.
Segundo o presidente, uma série de projetos que cobrem um amplo espectro de atividades está sendo liderada pela Codemar. Ele citou alguns na reunião: o Aeroporto de Maricá, a Mumbuca Verde, o Lagoa Viva, o Parque Tecnológico com sua fábrica de aplicativos, o Pomar – Polo de Moda de Maricá, o Inova Agroecologia, o Maricá Games e a Farmacopeia. Ações que vão da agricultura ao desenvolvimento de softwares.
Também participaram do encontro os diretores da Codemar Pedro Mota di Filippo e Eduardo Britto.
Projetos
Mumbuca Verde é uma plataforma de ativos ambientais que podem ser comercializados para pessoas físicas ou jurídicas que queiram compensar suas emissões de carbono. O lastro é a conservação de áreas de mata de pé em Maricá.
Já o Lagoa Viva é um amplo programa de revitalização do sistema lagunar da cidade, com o uso de bioinsumos (micro-organismos como bactérias que degradam matéria orgânica) para combater a poluição. É um trabalho em paralelo com a expansão da rede de saneamento básico, mas que já se desdobrou em tecnologias de tratamento de esgotos em ETEs com o uso dos micro-organismos.