Escola levantou a Sapucaí com seu samba e ganhou destaque com alegorias e fantasias de alto nível
“O Esperançar do Poeta” sacudiu a Marquês de Sapucaí no primeiro dia do carnaval carioca, que começou nessa sexta-feira (09/02). “Maricá é meu país, meu país é Maricá” foi mais que um samba na boca da Escola de Samba União de Maricá: foi um hino que contagiou as arquibancadas combinado com um desfile de muito luxo e altíssimo nível de alegorias e fantasias.
A passagem de Maricá pela Avenida defendeu os quesitos da competição da Série Ouro, mostrando imponência para subir para o grupo da elite do carnaval, sendo um dos destaques.
Universidade do Carnaval em Maricá
O diretor de Economia Criativa e Sustentabilidade da Companhia de Desenvolvimento de Maricá, Sady Bianchin, lembrou que o carnaval é uma das principais economias criativas do Brasil e, sem dúvidas, Maricá está atenta para as possibilidades.
“Seguindo essa orientação do nosso prefeito e presidente da Codemar, vamos criar a Universidade do Carnaval, que é uma forma de fazer o encontro desses movimentos que vêm da ancestralidade, da nossa tradição, inclusive. A cultura popular é o único lugar que nós não somos colônia. Nós vamos fazer essa integração brasileira do carnaval para Maricá. Essa economia criativa fantástica, que é um espetáculo que encanta o mundo”, destacou Sady.
O desfile
A agremiação maricaense, que desfilou pela primeira vez na Sapucaí, realizou um grande sonho, com muita luta e garra da comunidade de Maricá, segundo o prefeito Fabiano Horta, que demonstrou grande expectativa e confiança antes do início do desfile. “A gente quer levar para a Avenida essa alegria que Maricá cultiva, acreditando que um lugar pode ser feliz para se viver”.
Ele ainda comentou as homenagens levadas para a apresentação. “A gente vem hoje cantando ‘O Esperançar do Poeta’, homenageando os compositores do Brasil, que com seu saber transformam o pensamento em música. Fazem com que a alegria e a felicidade se estabeleçam para as pessoas.”
A União de Maricá exaltou a vida e obra de Guaracy Sant’anna, o Guará, autor de sambas marcantes, como “Sorriso Aberto”, “Problema Social” e “Singelo Menestrel”.
Foi a sexta escola a se apresentar no primeiro dia dos desfiles. Também se apresentaram União do Parque Acari, Império da Tijuca, Acadêmicos do Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte.
Destaques
A tricolor de Maricá chegou impactando com uma comissão de frente nomeada como “O Som do Morro”, que foi inspirada no samba com 15 componentes vestidos de malandros. A coreografia de Patrick Carvalho mostrou samba no chão e também em cima de um elemento cenográfico caracterizado como um pandeiro gigante com uma comunidade ao redor.
As fantasias com ótimo nível estético e bom acabamento contavam com lindas combinações da paleta de cores, além de adereços que chamaram a atenção do público. A escola apresentou alegorias maiores do que todas as agremiações da noite e saiu como favorita para subir.
O conjunto alegórico da escola foi formado por alas intituladas como: “Tempo de Compor”, “E Aquela Gente de Cor com a Imponência de Rei Vai Pisar a Passarela”, “Pra Reunir a Garotada e Proteger Meu Amanhã”.